Município de Amarante expressa profundo pesar e decreta luto municipal pelo falecimento de António Cardoso
O diretor do Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso, António Cardoso, faleceu esta quinta-feira, aos 89 anos. O Município de Amarante expressa profundo pesar pela sua perda decretando, como expressão de uma justa homenagem, luto municipal para dia 4 de junho.
À família e a todos os que sentem esta perda, o Município expressa igualmente as mais sentidas condolências.
Amarantino de Excelência, cujo legado se projeta muito além das fronteiras do concelho, António Cardoso nasceu em 1932 concluindo o curso do Magistério Primário em 1941. Estudou pintura na Academia Alvarez e frequentou a Escola Superior de Belas-Artes do Porto. Apresentou programas de televisão escolar e foi realizador da Televisão Educativa e da Telescola antes de 1974. Integrou a Comissão do Ministério da Educação para a renovação do Sistema de Avaliação de Alunos do Ensino Básico e Secundário.
Licenciou-se em História, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, em 1974, onde se viria a doutorar em História da Arte com uma tese sobre o Arq. José Marques da Silva. A partir de 1981 lecionou naquela Faculdade que representou na Comissão do Património da Câmara Municipal do Porto, entre 1996 e 2001.
Desde os anos 90 até à presente data, foi diretor do Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso (MMASC) e foi da sua responsabilidade a edição do primeiro catálogo da coleção do museu, publicado em 1997. O inegável prestígio do MMASC é, e será sempre, indissociável da sua ação.
António Cardoso foi também Pintor. Realizou diversas exposições individuais e participou em inúmeras exposições coletivas. Recebeu o Prémio dos Críticos de Arte para a Representação Portuguesa na I Bienal de Paris, de 1959.
Professor, Museólogo, conferencista e crítico de arte, António Cardoso foi membro da Associação Portuguesa de Museologia, da Associação Regional do Património Cultural e Natural e da secção portuguesa da Associação Internacional dos Críticos de Arte.
O percurso de vida de António Cardoso fica marcado pelo grande e abnegado contributo cívico ao serviço da cultura no Município de Amarante, que sempre elevou em todas as funções e palcos por onde passou.
Amarante e Portugal sentirão a falta do professor, do homem de cultura e do amigo.