Município de Amarante alerta para a praga do escaravelho da Palmeira
De nome científico Rhynchophorus ferrugineus (Olivier) é também conhecido como “escaravelho da palmeira” ou “escaravelho vermelho”. É originário das zonas tropicais da Ásia e Oceânia e é um coleóptero da família doscurculionídeos, que ataca diversas espécies de palmeiras, provocando estragos que podem conduzir à morte das plantas. Atualmente encontra-se disperso por diversas regiões do território nacional.
Conhecido pela rápida dispersão e pela elevada nocividade, a União Europeia a considerou-o como de luta obrigatória, tendo aprovado a Decisão da Comissão 2007/365/CE que estabelece as medidas para evitar a sua introdução e propagação no território da Comunidade.
Este inseto tem como principais hospedeiros várias espécies de palmeiras, sendo as mais suscetíveis a Phoenix canariensis (Palmeira das Canárias), Phoenix dactylifera (Palmeira tamareira) e Trachycarpus fortune e Washingtonia spp. (Palmeira de leque). É uma praga que está a ameaçar muitas espécies de palmeiras existentes no território municipal.
Os principais sintomas visíveis na planta aparecem, geralmente só passados meses do início da infestação o que dificulta a deteção precoce da praga e podem ser: Coroa desguarnecida de folhas jovens no topo ou com aspeto achatado pelo descaimento das folhas centrais; Folhas do topo com sinal de desigual inserção; Orifícios e galerias na base das folhas podendo conter larvas ou casulos com pupas e/ou adultos; Presença de orifícios na zona das podas; Presença de odor característico, que resulta da putrefação dos tecidos internos da planta; Presença de exsudado viscoso junto aos orifícios de saída das larvas; Ruído produzido pela atividade da praga.
A estratégia de controlo passa pela integração de um conjunto de medidas, conforme o Plano de Ação para o controlo de Rhynchophorus ferrugineus (Olivier), e depende da intensidade do ataque da palmeira e da sua localização face a exemplares infetados.
No entanto, após a observação de sinais e/ou sintomas suspeitos, deve proceder-se a uma observação minuciosa para confirmar a presença da praga e tomar as medidas necessárias, tendo em vista a eliminação das plantas afetadas e a proteção das sãs.
Os proprietários privados de palmeiras que apresentem sinais ou sintomas suspeitos da presença de R.ferrugineus devem informar a Direção Regional de Agricultura e Pescas (DRAP) ou a Câmara Municipal dos casos suspeitos ou confirmados para que seja avaliada a possibilidade de recuperação ou a necessidade de abate e destruição da palmeira e respetivo acompanhamento do processo. Devem permitir o acesso aos locais onde se encontram os exemplares e aplicar as medidas estabelecidas pela notificação emitida pela DRAP.
Para mais informações devem ser contactados os serviços da DRAP-Norte ou a Direção Geral de Agricultura e Veterinária (DGAV).