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MIMO Festival Amarante – Diversidade musical e cultural em três dias de festa
- Música, cinema, programa educativo, fórum de ideias, roteiro cultural, chuva de poesia e arte
- Vencedor do Prémio MIMO de Música actua no palco do Parque Ribeirinho e representa Portugal no MIMO Brasil
- Exposição “Abstração. Arte Partilhada Coleção Millennium bcp”
A pouco mais de um mês da 4ª edição, o MIMO Festival Amarante revela a programação que vai animar as margens do Rio Tâmega entre 26 e 28 de Julho. E são muitas as novidades que se vêm juntar aos já anunciados concertos exclusivos em Portugal do rapper brasileiro Criolo e do músico do Mali Salif Keita, mas também da cabo-verdiana Mayra Andrade, dos palestinianos 47Soul, do brasileiro Rubel e de Samuel Úria.
Assim, de Portugal vêm reforçar o cartaz: Stereossauro que convida Camané e Capicua para um concerto especial que tem por base o álbum “Bairro da Ponte” onde alia a sua paixão pelo hip-hop e a electrónica com a música de Amália Rodrigues e Carlos Paredes; mas também Miramar, projecto folk, blues e rock que junta as guitarras e imaginários de Frankie Chavez e Peixe; a Orquestra do Norte vai apresentar um programa composto pela “Sinfonia no 4”, de Ludwig van Beethoven, e “Siegfried Idyll”, de Richard Wagner; e DJ Ride, campeão do mundo de scratch no IDA World Championship em parceria com Stereossauro, que vai encerrar a noite de sábado no Parque Ribeirinho.
Da Nigéria vem Seun Kuti & Egypt 80, o filho do lendário Fela Kuti, pioneiro do afrobeat, e a sua banda. Ao vivo, vão apresentar o mais recente “Black Times”, um disco com ritmos envolventes e letras que protestam contra a situação política e social do continente africano. Produzido pelo pianista de jazz e vencedor de três prémios Grammys, Robert Glasper, Seun Kuti & Egypt 80 apresenta-se em exclusivo no MIMO Festival Amarante.
Da Mongólia, Bulgária e França chega a Amarante o trio
” target=”_blank” rel=”noopener”>Violons Barbares com música enérgica e magistral que funde três culturas de forma fascinante: melodias balcânicas, ritmos galopantes e canto gutural majestoso. Um trio invulgar composto por três bárbaros que apresentam um som selvagem de ritmos galopantes e surpreendente criatividade, entre a tradição da world music e a energia do rock, não deixando ninguém indiferente.
Pela primeira vez em Portugal, a parceria entre o pianista e cantor italiano Stefano Bollani & Hamilton de Holanda, o multinstrumentista brasileiro que já esteve em Amarante duas vezes. Juntos, protagonizam um concerto de Jazz imperdível revisitando Astor Piazzolla, Chico Buarque, Tom Jobim e Pixinguinha.
Do Brasil vem a big band Bixiga 70, com sons de raiz brasileira, funk, samba-jazz, reggae e afrobeat; a cantora e compositora Fortuna, que traz o seu novo projecto “Mares da Memória”, com canções inspiradas no cancioneiro ladino, onde além do dialeto judeu-hispânico se reúnem aspectos da fusão cultural entre povo peninsulares e mourisca; Délia Fischer, que com mais de 30 anos de carreira vai apresentar o seu mais recente registo de bossa nova e ritmos populares brasileiros; Ana de Oliveira & Sérgio Ferraz unem o violino contemporâneo da paulista e as múltiplas sonoridades do compositor pernambucano num repertório que homenageia a música brasileira com destaque para o repertório de Egberto Gismonti; Lívia Nestrovski & Fred Ferreira, uma das maiores e mais versáteis vozes da música brasileira da actualidade acompanhada pela guitarra eléctrica; e um dos mais importantes DJ e VJ no Brasil, DJ Montano, residente do MIMO Festival.
Paralelamente, realiza-se o Festival MIMO de Cinema que tem como fio condutor a música de diversos géneros. Produções inéditas de países como os EUA, França e Suíça, com especial destaque para o Brasil e Portugal, e várias estreias no nosso país, como é o caso de “Com a Palavra, Arnaldo Antunes”, de Marcelo Machado; “Onde está você, João Gilberto?”, de Georges Gachot; “
“>Tetê”, de Clara Lazarim; e “
“>O Barato de Iacanga”, de Thiago Mattar. Da programação, que terá lugar no Cinema Teixeira de Pascoaes e nos claustros do Museu Amadeo de Souza-Cardoso fazem ainda parte as exibições de “Miles Davis: Birth Of The Cool”, de Stanley Nelson; “
Évoras em Kepa”, de José Coimbra e Tiago Guimarães; “Ela é uma Música”, de Francisca Marvão; e “I Love My Label |Flor Caveira”, da autoria de Rui Portulez, com realização de António Sabino, Pedro Gonçalves e Igor Martins.
No Fórum de Ideias, que se realiza no Museu Amadeo de Souza-Cardoso, Criolo vai falar sobre “A Música como Instrumento de Consciencialização”; Salif Keita vai partilhar a sua visão do mundo, a sua história e carreira; e Seun Kuti vai abordar a “Origem, Herança e Evolução do Afrobeat”. Já no Programa Educativo, que tem lugar no Centro Cultural Amarante, são muitos os workshops a não perder com 47Soul, Miramar, Hamilton de Holanda, Stefano Bollani, Samuel Úria, Bixiga 70, Fortuna, Ana de Oliveira e Sérgio Ferraz, e Délia Fischer. Oportunidade únicas, de acesso gratuito, para contactar com músicos de referência e partilhar conhecimento. Para estas actividades, os interessados devem inscrever-se no site oficial do MIMO Festival.
Um dos pontos altos do MIMO Festival Amarante será, com certeza, a Chuva de Poesia que este ano vai homenagear o amor nas suas diversas formas com poemas de Chico Buarque, Jorge de Sena, Mário Sá-Carneiro, José Saramago, Sophia de Mello Breyner Andresen, Pablo Neruda, Florbela Espanca, Vinícius de Moraes, Gregório de Matos, Bocage, Fernando Pessoa, entre outros.
Haverá ainda um Roteiro Cultural, todas as manhãs, de 26 a 28 de Julho, onde será possível visitar e conhecer o património religioso de Amarante, com destaque para a história e arquitectura.
À semelhança do ano passado, o MIMO Festival Amarante volta a apostar na Arte com a mostra “Abstração. Arte Partilhada Coleção Millennium bcp” que vai ocupar o Museu Amadeo de Souza-Cardoso com mais de 30 obras de 18 autores nacionais e internacionais como Maria Helena Vieira da Silva, Arpad Szenes, Mário Cezariny, Paula Rego, Júlio Pomar, Nadir Afonso, Eduardo Nery, entre outros. Artistas que se debruçaram sobre o abstraccionismo que foi, no século XX, um dos mais poderosos movimentos de afirmação da arte contemporânea. Para visitar de 26 de Julho a 27 de Outubro.
Totalmente gratuito, este é um festival inclusivo que privilegia a diversidade. Tendo como premissa dar a conhecer o que de melhor se faz na música na actualidade, entre nomes consagrados e os novos talentos, o MIMO Festival Amarante proporciona uma experiência única e o contacto com representantes de diferentes géneros musicais e culturas.
Ao longo de três dias, a cidade de Amarante transforma-se para receber pelo quarto ano consecutivo este festival que, com a sua extensa e diversa programação, vai ocupar o Parque Ribeirinho, o Museu Amadeo Souza-Cardoso, a Igreja de São Pedro, a Igreja de São Gonçalo, o Cinema Teixeira de Pascoaes e Centro Cultural Amarante.
PRÉMIO MIMO DE MÚSICA
A edição 2019 do MIMO Festival Amarante conta com uma novidade que vem reforçar o cartaz e a diversidade da oferta que o caracteriza e diferencia: o Prémio MIMO de Música. Com o objectivo de valorizar artistas de todas as regiões do país, com idades compreendidas entre os 18 e os 40 anos, esta distinção procura incentivar à inovação no campo da composição, originalidade, técnica e estética musical, em trabalhos autorais ou não, e ainda proporcionar a descoberta de novos talentos.
As inscrições podem ser efectuadas em duas categorias: música Popular, para artistas e grupos de todos os tipos de criação musical que envolva a utilização da voz; e música Instrumental, para artistas e grupos de todo o tipo de criação musical feita por instrumentos musicais, programações electrónicas e outros.
Os interessados podem inscrever-se no site do MIMO até 7 de Julho. Posteriormente realiza-se a votação online, de 11 a 20 de Julho, e a 21 de Julho será anunciado o vencedor que ganha um lugar no palco principal do MIMO Festival Amarante, no Parque Ribeirinho, e é convidado a integrar a programação do MIMO Festival Brasil, no Rio de Janeiro ou em São Paulo, a realizar nos próximos meses. O Artista Revelação recebe como prémio a gravação e edição de um EP, com seis faixas, a ser lançado pela Valentim de Carvalho, uma das parceiras desta iniciativa.
SOBRE O MIMO FESTIVAL
O MIMO Festival nasceu no Brasil em 2004, idealizado por Lu Araújo, e teve a primeira edição internacional em 2016 na cidade de Amarante. A capacidade de atracção e de mobilização de públicos ficou patente na edição de estreia, com milhares de pessoas a invadirem as ruas, as igrejas, os museus… e os vários espaços onde o festival acontece. Na terceira edição, em 2018, o MIMO contou com 70 mil pessoas. O sucesso do seu posicionamento e enquadramento valeu a distinção nos Iberian Festival Awards para Melhor Infraestrutura Nacional em 2017 e 2018.