Maria Imaginário expõe no Museu Municipal até 10 de julho
O Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso inaugurou a 28 de maio a exposição “A mind of its Own”, de Maria Imaginário. A mostra estará patente até 10 de julho no primeiro piso do Claustro Velho.
Maria Imaginário (1985), artista visual e ilustradora, tornou-se conhecida quando, a partir de 2005, começou a pintar gelados e outras guloseimas coloridas em edifícios devolutos de Lisboa. Desde então, desenvolveu um universo visual requintado, profundamente pessoal, de natureza narrativa, assente numa linguagem original, com um toque agridoce, dando vida a uma profusão de personagens e histórias emotivas, acetinadas com uma enganadora camada de aparente candura e eivadas com humor e ironia. Trabalhando numa pluralidade de suportes, tem apresentado o seu trabalho em exposições individuais e coletivas desde 2008.
Sobre a exposição, Miguel Moore, responsável pelos conteúdos editoriais da Galeria Underdogs, refere que “partindo das suas observações e vivência pessoal, Maria Imaginário apresenta uma reflexão intimista sobre o modo como opera o inefável fluxo de pensamentos que pulula nas nossas mentes, onde razão e sentimentos, ideias e inspiração, ora se completam ora se digladiam, competindo pela nossa atenção – uma exuberância em tudo onírica e mirabolante que, frequentemente, aparenta ter espírito e vida próprios”.
“Ao partilhar connosco o maravilhoso mundo que fervilha na sua mente, que se abre e se replica, que se alimenta e faz germinar”, continua Miguel Moore, Maria Imaginário “ilustra a multiplicidade de estímulos, interiores e exteriores, assim como processos mentais e criativos que dão vida e forma ao seu imaginário pessoal. Apresentando-se como uma encenação de contornos fantásticos, a materialização desta consciência surge sob a forma de curtos trechos narrativos habitados por um elenco de pequenas personagens travessas, amáveis e quiméricas que personificam esta torrente contínua de esforço e contemplação, de prazer e ansiedade – das pinturas plenas de intricados e delicados detalhes, às peças escultóricas e instalação central onde a expressão deste mundo de coloridas figuras que vive e brota da sua mente adquire profundidade e substância material e desfila, de forma cândida mas cúmplice, perante os nossos olhos”.