Lançamento da primeira pedra das Termas de Amarante
É já amanhã, 30 de setembro, pelas 12h30 que será lançada a primeira pedra da obra de construção do Edifício Termal. A empreitada terá um custo de aproximadamente 1,6 milhões de euros. O prazo de execução é de um ano.
O complexo termal vai situar-se num local privilegiado, no antigo parque de campismo, com uma relação próxima e de visibilidade com o rio Tâmega, com ótimas condições ambientais e de fácil acesso.
Antes do lançamento irá decorrer, no auditório da Casa da Portela, uma Conferência intitulada “Termas de Amarante: do passado a um presente com futuro”, promovida em parceria pela Câmara Municipal de Amarante e o Instituto Piaget.
O programa é o seguinte:
09h30 | Abertura
10h00 | José Luís Gaspar Jorge – Presidente da Câmara Municipal de Amarante
10h15 | Dr. Armando Queijo – Representante do Presidente do Conselho Diretivo do Instituto Piaget
10h30 | Teresa Vieira – Presidente da Associação das Termas de Portugal
10h45 | Pedro Cantista – Presidente da Sociedade Portuguesa de Hidrologia Médica e Climatologia
11h00 | Historial das Caldas das Murtas – Engª Maria Helena Rodrigues em representação do Prof. Dr Jorge Mangorrinha (Instituto Piaget)
11h15 | Apresentação do Projeto das Termas de Amarante – Arq. Pedro Cabral e Eng. Alberto Figueiredo
11h30 | Termas de Amarante: a nova realidade – António Jorge Santos Silva – Diretor Clínico das Termas de Amarante
12h30 | Lançamento da primeira pedra das Termas de Amarante
Breve Historial das Termas de Amarante
A primeira grande referência histórica às águas minero-medicinais de Amarante surge no Aquilégio Medicinal de Francisco da Fonseca Henriques, em 1726.
Em 1893, foi construído um telheiro tosco, ao lado da nascente, e deram-se banhos, em tinas grosseiras, num total de 1400.
Animado por este sucesso, o proprietário da Quinta onde brota a água instalou, no ano seguinte, mais duas tinas, chegando a dobrar aquele número de banhos. O preço dos banhos de 1.ª classe era de 100 reis, de 2.ª classe de 60 reis.
Em 1895, foi realizado o “Relatório de reconhecimento da nascente das águas das Caldas das Murtas” por Gaudêncio Pacheco, que nele se refere ao pequeno balneário construído no ano anterior: “é um andar térreo, com cinco tinas de azulejo para a 1.ª classe e quatro de lousa para a 2.ª classe, uma sala de duches e outra de pulverizações; a água brota por uma fenda, com orientação N. S. mag, do granito de grão grosso, constituído pelo quartzo, feldspato e duas micas; o granito apresenta-se geralmente muito alterado.
Na sequência deste Relatório de reconhecimento, foi outorgado o primeiro alvará de concessão das Caldas das Murtas, com área reservada de 50 ha.
Em 1923, funcionou o balneário acima descrito: 9 quartos de banhos e salas de duches e de inalações, sem melhorias. A água mineral seguia da caixa de pedra, de recepção, em tubo galvanizado, numa extensão de 80 metros para o depósito de abastecimento do balneário. O primeiro director clínico terá sido Mário Negrão de Vasconcelos Monterroso.
Em 1968, a concessão passa para a Câmara Municipal de Amarante.
Em 2008, é celebrado o contrato administrativo com o Estado, que passa a titular a concessão, entretanto redimensionada para 43,78 ha, em função de novos parâmetros ambientais e de ordenamento do território.
A concessão foi dada pelo prazo inicial de 50 anos, prorrogável por mais 20 + 20 anos, de acordo com o cumprimento das disposições legais.”
Em 2013, o Presidente da Câmara Municipal de Amarante, José Luís Gaspar Jorge, dá início à retoma do projeto de construir as Termas de Amarante, agora de forma definitiva.