COVID-19 | MUNICÍPIO DE AMARANTE ANUNCIA NOVO REFORÇO DAS MEDIDAS DE CONTENÇÃO
Atendendo que Portugal se encontra, neste momento, na primeira fase de mitigação do coronavírus de acordo com a norma nº 001/2020 da Direção-Geral de Saúde e da declaração da Situação de Alerta em todo o território nacional, nos termos do despacho nº 3298-B/2020 de 13 de março, entendeu o Município de Amarante adotar novas medidas no combate ao novo coronavírus – COVID-19.
Assim, em conjunto com as medidas anunciadas a 11 de março, determina o Município o seguinte:
- A suspensão de todos os serviços de atendimento presencial, devendo para o efeito contactar através dos contactos disponíveis aqui
- O reforço dos meios de atendimento digital e telefónico;
- O encerramento dos parques infantis municipais, situados no Complexo Desportivo da Costa Grande e Bouça do Pombal;
- Encerramento do Complexo Desportivo da Costa Grande;
- A interdição dos bebedouros públicos;
- A suspensão do pagamento de estacionamento;
- A limitação do período de funcionamento do Cemitério Municipal, passando a vigorar das 8h às 13h, salvo necessidade de funcionamento diferente;
- Assegurar as medidas sociais consideradas essenciais pela DDCS, nomeadamente: CPCJ, Fundo Municipal Emergência Social, Gabinete de Apoio à Vítima, Habitação Social, Resposta de Apoio Psicológico em crise, Serviço Municipal de Apoio ao Idoso (teleassistência), RSI (beneficiários da responsabilidade da Câmara), Subsídio ao Arrendamento, Centro de Informação Autárquica ao Consumidor, através dos contactos disponíveis aqui
- Assegurar a alimentação dos animais do canil/gatil municipal e higienização das instalações;
- Controlar a qualidade da água, no âmbito das competências da Câmara Municipal;
- Manutenção dos relvados municipais;
- Manutenção do funcionamento do armazém, serviços de manutenção de viaturas e tesouraria.
- Cancelamento da feira que decorre no Mercado Municipal às quartas e sábados;
- Cancelamento de todos os eventos promovidos ou licenciados pelo Município, abertos ou contendo públicos externos ao universo municipal;
- Cancelamento de todas as atividades complementares à ação educativa, tais como visitas de estudo e passeios, promovidas pelo Município;
- Encerramento das Piscinas Municipais;
- Encerramento das Termas de Amarante;
- Encerramento dos Pavilhões Municipais;
- Encerramento do Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso e da Biblioteca Municipal Albano Sardoeira em Amarante e no polo de Vila Meã;
- Encerramento dos Espaços Internet de Amarante e Vila Meã;
- Encerramento do Posto de Turismo;
O Município continuará a acompanhar o estado de alerta e sua evolução e adotará outras medidas sempre que entender ser necessário, sem prejuízo da necessária manutenção dos seguintes serviços essenciais, designadamente:
- Recolha de Resíduos Urbanos;
- Limpeza Urbana;
- Proteção Civil;
- Cemitério Municipal;
- Ação Social.
A Câmara Municipal apela à comunidade que adote comportamentos responsáveis, de acordo com as orientações da Direção-Geral da Saúde. Foi, nesse sentido, que a 14 de março, o Presidente da autarquia, José Luís Gaspar, dirigiu a seguinte mensagem aos amarantinos:
“Caras e caros amigos de Amarante,
Ao dia de hoje, e ainda que insuficiente, o conhecimento científico alcançado sobre o novo Coronavírus coloca a Humanidade perante o maior desafio do século.
Este é, portanto, um combate de dimensão global que tem, necessariamente, de ser assumido por cada indivíduo, no seio da sua comunidade.
E, sendo certo que não temos conhecimento, até ao momento, de algum caso de infeção pelo COVID-19 na nossa terra, a verdade é que a comunidade amarantina tem dado sinais de que está e estará à altura deste enorme desafio.
É, pois, aos Amarantinos, à nossa comunidade, que quero deixar uma palavra de reconhecimento pela serenidade com que Amarante tem vivido estas semanas. Agora, é hora de, à serenidade, juntar a coragem para uma participação ativa no despertar da consciência coletiva para o elevado grau de compromisso que o momento exige.
Importa, também, enaltecer a responsabilidade social evidenciada por um vasto conjunto de empresários do nosso concelho, que tomaram a decisão de reduzir ou suspender a atividade das suas empresas.
E quero, desde já, e em nome de todos os Amarantinos, deixar uma palavra de agradecimento a todos os que estão e estarão na primeira linha deste combate. Aos trabalhadores da Câmara Municipal, às forças de segurança e da Proteção Civil, às duas corporações de Bombeiros, e muito particularmente, aos Profissionais de Saúde, impõe-se agradecer a abnegação e o extraordinário espírito de missão com que, em nome da saúde pública, assumem o risco pessoal nesta batalha sem precedentes.
Mas, caras e caros amigos,
Não podemos deixar de pensar que estamos perante uma realidade que é nova para todos, sobre a qual ainda pouco sabemos – mas sabemos que mata.
Sabemos que em Itália está a matar a um ritmo de mais de duzentas pessoas por dia.
Sabemos também que o COVID-19 já chegou a mais de cem países, que a Europa é hoje o epicentro da pandemia e que, em França ou na vizinha Espanha, a situação está muito complicada.
O pouco que sabemos é já muito mais do que suficiente para nos vincular definitivamente à responsabilidade de evitar o contágio, em nome da proteção de cada uma das pessoas com quem nos relacionamos, seja profissional, social ou familiarmente.
Sejamos claros, porque este não é o momento para ter medo das palavras: trata-se de salvar a vida das pessoas que amamos e de não pôr em risco a nossa própria vida.
Esta é, hoje, a obrigação de todos e de cada um de nós.
Os cuidados a ter já são conhecidos:
- As crianças e os jovens, agora sem aulas, têm de permanecer em casa;
- De resto, todos os que puderem têm de permanecer em casa e esgotar as possibilidades para evitar o contacto presencial com outras pessoas para além daqueles com quem vivem;
- Quando e a quem isto não for possível tem, necessariamente, de adotar as precauções de higiene, desinfeção e distância social de contacto, procurando, ainda assim, reduzir ao estritamente necessário o contacto direto com os mais idosos ou pessoas mais vulneráveis.
Estas têm de ser as normas que, por agora, regulam a nossa vivência em comunidade. Na certeza, porém, de que está ao nosso alcance vencer esta batalha e, desse modo, regressar à normalidade.”