Amarante recebe “Fado Violado” com Ana Pinhal e Francisco Almeida
O fado e o flamenco cruzam-se no Largo de S. Gonçalo, em Amarante, na noite de 22 de julho, pelas 22h, num espetáculo de “fado violado”, que terá como protagonistas Ana Pinhal e Francisco Almeida.
Fado Violado, projeto musical português que interliga o Fado com o Flamenco, nasce em Sevilha, no ano de 2008, pelas mãos de Ana Pinhal e Francisco Almeida, sendo resultado de uma relação profissional que se iniciou em 2002 no grupo BoiteZuleika.
Ambos portuenses, desde cedo partilharam o gosto pelas artes, particularmente pela música. Ana Pinhal começou por se dedicar à canção Pop, à Bossa Nova e à MPB, até que, em 2002, integrou os coros de BoiteZuleika, banda com a qual viria a trabalhar até a sua extinção (2006).
O desejo de aprender mais leva-a a frequentar aulas de formação musical e canto. O primeiro contacto com o Cante Flamenco foi-lhe proporcionado por Francisco, que já se interessara pela guitarra flamenca. A curiosidade que aquela arte lhe despertou, fê-la deslocar-se para Sevilha onde, durante três anos, estudou Cante na Fundación Cristina Heeren. Surpreendentemente foi em Sevilha, talvez pela saudade, que o fado conquistou o seu coração e foi da comunhão com a guitarra do Francisco que fez nascer Fado Violado.
Com este grupo apresentou-se ao vivo em Portugal, Espanha, França e Holanda. Atualmente, além do projeto Fado Violado, é fadista residente na “Casa da Mariquinhas”, no Porto e no “Fado in Porto”, Caves Cálem, em Vila Nova de Gaia.
O seu companheiro de palcos, Francisco Almeida, começou a sua aventura musical ainda adolescente, integrando várias bandas de garagem. Começou por tocar baixo elétrico e por cantar, mas foi com a guitarra que as suas primeiras canções se facilitaram. Aos 20 anos, a música revelou-se uma opção profissional, quando os BoiteZuleika logravam algum êxito com “Cão Muito Mau” e os pedidos para concertos multiplicavam-se.
Nessa altura, Francisco começou a levar o estudo da música e da guitarra mais a sério. Em 2003, teve o primeiro contacto com a guitarra flamenca, tendo feito, mais tarde, vários workshops e master classes em Córdova e Sevilha. Aos 27 anos rumou de novo a Sevilha onde durante três anos estudou guitarra flamenca também na Fundación Cristina Heeren. Atualmente, além de “Fado Violado”, Francisco Almeida acompanha as classes de baile flamenco da professora Catarina Ferreira, no “Contagiarte”, Porto.