COVID-19 | MENSAGEM DO PRESIDENTE DA CÂMARA, JOSÉ LUÍS GASPAR
Caras e caros amigos de Amarante,
Ao dia de hoje, e ainda que insuficiente, o conhecimento científico alcançado sobre o novo Coronavírus coloca a Humanidade perante o maior desafio do século.
Este é, portanto, um combate de dimensão global que tem, necessariamente, de ser assumido por cada indivíduo, no seio da sua comunidade.
E, sendo certo que não temos conhecimento, até ao momento, de algum caso de infeção pelo COVID-19 na nossa terra, a verdade é que a comunidade amarantina tem dado sinais de que está e estará à altura deste enorme desafio.
É, pois, aos Amarantinos, à nossa comunidade, que quero deixar uma palavra de reconhecimento pela serenidade com que Amarante tem vivido estas semanas. Agora, é hora de, à serenidade, juntar a coragem para uma participação ativa no despertar da consciência coletiva para o elevado grau de compromisso que o momento exige.
Importa, também, enaltecer a responsabilidade social evidenciada por um vasto conjunto de empresários do nosso concelho, que tomaram a decisão de reduzir ou suspender a atividade das suas empresas.
E quero, desde já, e em nome de todos os Amarantinos, deixar uma palavra de agradecimento a todos os que estão e estarão na primeira linha deste combate. Aos trabalhadores da Câmara Municipal, às forças de segurança e da Proteção Civil, às duas corporações de Bombeiros, e muito particularmente, aos Profissionais de Saúde, impõe-se agradecer a abnegação e o extraordinário espírito de missão com que, em nome da saúde pública, assumem o risco pessoal nesta batalha sem precedentes.
Mas, caras e caros amigos,
Não podemos deixar de pensar que estamos perante uma realidade que é nova para todos, sobre a qual ainda pouco sabemos – mas sabemos que mata.
Sabemos que em Itália está a matar a um ritmo de mais de duzentas pessoas por dia.
Sabemos também que o COVID-19 já chegou a mais de cem países, que a Europa é hoje o epicentro da pandemia e que, em França ou na vizinha Espanha, a situação está muito complicada.
O pouco que sabemos é já muito mais do que suficiente para nos vincular definitivamente à responsabilidade de evitar o contágio, em nome da proteção de cada uma das pessoas com quem nos relacionamos, seja profissional, social ou familiarmente.
Sejamos claros, porque este não é o momento para ter medo das palavras: trata-se de salvar a vida das pessoas que amamos e de não pôr em risco a nossa própria vida.
Esta é, hoje, a obrigação de todos e de cada um de nós.
Os cuidados a ter já são conhecidos:
- As crianças e os jovens, agora sem aulas, têm de permanecer em casa;
- De resto, todos os que puderem têm de permanecer em casa e esgotar as possibilidades para evitar o contacto presencial com outras pessoas para além daqueles com quem vivem;
- Quando e a quem isto não for possível tem, necessariamente, de adotar as precauções de higiene, desinfeção e distância social de contacto, procurando, ainda assim, reduzir ao estritamente necessário o contacto direto com os mais idosos ou pessoas mais vulneráveis.
Estas têm de ser as normas que, por agora, regulam a nossa vivência em comunidade. Na certeza, porém, de que está ao nosso alcance vencer esta batalha e, desse modo, regressar à normalidade.
José Luís Gaspar
14 de março de 2020