Workshop: “Termalismo em Amarante: ensino e práticas termais”
A Câmara Municipal de Amarante e o Instituto Piaget promovem a 19 de julho o Workshop “Termalismo em Amarante: ensino e práticas termais”, que decorrerá no Auditório da Casa da Portela, em Amarante. O acesso é livre.
O Município de Amarante assumiu o Termalismo como uma das áreas prioritárias e, nesse sentido, este enfoque deve-se à evidente e inquestionável riqueza termal existente no concelho, sendo esta estância de grande eficácia terapêutica e riqueza patrimonial.
Com a dinamização deste Workshop pretende-se divulgar o potencial do termalismo na cidade de Amarante, os tipos de terapêuticas existentes no Balneário Termal e a oferta formativa na área do Termalismo em Amarante.
Programa
10h00 | Abertura
José Luís Gaspar Jorge – Presidente da Câmara Municipal de Amarante
Isabel Alves – Presidente do Campus Académico de Vila Nova de Gaia do Instituto Piaget
10h15 | Indicações Terapêuticas das Termas de Amarante – Jorge Santos Silva – Diretor Clínico das Termas de Amarante
10h45 | Oferta formativa na área do Termalismo em Amarante – Jorge Mangorrinha – Instituto Piaget
11h00 | Sessões Experimentais no Balneário Termal de Amarante
Recorde-se que a 30 de setembro de 2016 foi colocada a primeira pedra da obra de construção do Edifício Termal. A empreitada terá um custo de aproximadamente 1,6 milhões de euros.
O complexo termal vai situar-se num local privilegiado, no antigo parque de campismo, com uma relação próxima e de visibilidade com o rio Tâmega, com ótimas condições ambientais e de fácil acesso.
Breve Historial das Termas de Amarante
A primeira grande referência histórica às águas minero-medicinais de Amarante surge no Aquilégio Medicinal de Francisco da Fonseca Henriques, em 1726.
Em 1893, foi construído um telheiro tosco, ao lado da nascente, e deram-se banhos, em tinas grosseiras, num total de 1400.
Animado por este sucesso, o proprietário da Quinta onde brota a água instalou, no ano seguinte, mais duas tinas, chegando a dobrar aquele número de banhos. O preço dos banhos de 1.ª classe era de 100 reis, de 2.ª classe de 60 reis.
Em 1895, foi realizado o “Relatório de reconhecimento da nascente das águas das Caldas das Murtas” por Gaudêncio Pacheco, que nele se refere ao pequeno balneário construído no ano anterior: “é um andar térreo, com cinco tinas de azulejo para a 1.ª classe e quatro de lousa para a 2.ª classe, uma sala de duches e outra de pulverizações; a água brota por uma fenda, com orientação N. S. mag, do granito de grão grosso, constituído pelo quartzo, feldspato e duas micas; o granito apresenta-se geralmente muito alterado.
Na sequência deste Relatório de reconhecimento, foi outorgado o primeiro alvará de concessão das Caldas das Murtas, com área reservada de 50 hectares.
Em 1923, funcionou o balneário acima descrito: 9 quartos de banhos e salas de duches e de inalações, sem melhorias. A água mineral seguia da caixa de pedra, de receção, em tubo galvanizado, numa extensão de 80 metros para o depósito de abastecimento do balneário. O primeiro diretor clínico terá sido Mário Negrão de Vasconcelos Monterroso.
Em 1968, a concessão passa para a Câmara Municipal de Amarante.
Em 2008, é celebrado o contrato administrativo com o Estado, que passa a titular a concessão, entretanto redimensionada para 43,78 hectares, em função de novos parâmetros ambientais e de ordenamento do território.
A concessão foi dada pelo prazo inicial de 50 anos, prorrogável por mais 20 + 20 anos, de acordo com o cumprimento das disposições legais.”
Em 2013, o Presidente da Câmara Municipal de Amarante, José Luís Gaspar, dá início à retoma do projeto de construir as Termas de Amarante, agora de forma definitiva.